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Os Institutos Nacionais de Estatística de Espanha e de Portugal publicam a 7ª edição de “A Península Ibérica em Números/La Península Ibérica en Cifras”, edição 2010.

Esta publicação apresenta um conjunto sugestivo de indicadores estatísticos oficiais agrupados em 15 temas, em múltiplos casos com detalhe a nível regional, que permite comparar estes dois países vizinhos e observar a posição de cada um no contexto da União Europeia. Este trabalho constitui ainda um desafio aos utilizadores no sentido de consultarem o vasto conjunto de informação estatística oficial disponível, gratuitamente, nas páginas do INE de Portugal e de Espanha, assim como no Eurostat .


População : síntese de alguns indicadores

  • Portugal e Espanha tinham em 2009, respectivamente, uma população estimada em 10,6 e 45,8 milhões de habitantes distribuídos. Devido à sua configuração territorial, apresentavam densidades populacionais distintas, com, respectivamente, 115 e 91 habitantes por km2.
     
  • Em 2009, a esperança de vida à nascença das mulheres espanholas (84,7 anos) era a mais elevada da União Europeia; a das portuguesas (81,8 anos) ocupava uma posição intermédia no ranking dos 27 países. Nos homens, a esperança de vida era de 75,8 anos em Portugal contra 78,3 anos em Espanha.
     
  • Em 2009, a população com 65 ou mais anos representava 17,6 % em Portugal e 16,6 % em Espanha (em relação à população total de cada um), posicionando-os no grupo de países da UE em que esta faixa populacional apresenta percentagens mais elevadas.

 

 

 

 

 

 

 

  • Relativamente a este mesmo indicador, as regiões portuguesas do Alentejo e do Centro e as comunidades autónomas de Castilla y Leon, Principado de Asturias e Galiza apresentavam os valores mais elevados da Península Ibérica, todas com mais de um quinto da sua população com mais de 65 anos em relação ao total da população.


 

  • Embora apresentem em 2009 uma idade média da mãe ao nascimento do 1º filho muito semelhante, 29,3 anos em Espanha e 28,6 anos em Portugal, em 2000 os valores eram significativamente diferentes: 29,1 anos em Espanha e 26,5 anos em Portugal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Em 2008, 72,9 % dos espanhóis consideravam o seu estado de saúde “bom” ou “muito bom” (15,8 %, neste segundo grau), enquanto somente 48,6 % dos portugueses tinham essa percepção em relação à sua própria saúde no conjunto daqueles dois graus (9,1 % para “muito bom”). No mesmo ano, a percentagem dos portugueses com problemas de saúde ou uma incapacidade de longa duração (H: 29,5 %; M: 36,6 %) era superior à registada em Espanha (H: 27,6 %; M: 32,8 %) e também à média da União Europeia (H: 28,7 %; M: 32,8 %.
     
  • Em 2009, Portugal apresentou um rácio de 3,14 médicos por 1000 habitantes enquanto Espanha detinha um rácio de 4,72 médicos por 1000 habitantes.

 


 

  • Em termos regionais, em Portugal, apenas as regiões de Lisboa e Norte tinham um valor superior à média nacional, com valores de 5,4 e 3,5 médicos por 1000 habitantes; em Espanha, a regiões de Aragón possuía o rácio mais elevado, com 6 médicos por 1000 habitantes.

 

Educação: taxa de abandono escolar como uma das preocupações

  • Em 2007, as principais áreas de licenciatura em Portugal e Espanha foram: “Saúde e serviços sociais”, “Engenharia, indústrias e construção” e “Gestão e administração”, que, no seu conjunto, representaram 61,1 % em Portugal e 48,7 % em Espanha. Fora deste grupo, na área das Ciências, os licenciados portugueses e espanhóis representaram, respectivamente, 14,2 % e 9,2 % do total no seu país.
     
  • Os graus de abandono escolar na população entre os 18 e 24 anos de idade, em 2009, atingiram o mesmo valor em Portugal e em Espanha, 31,2 %, muito superior ao verificado na União Europeia, na ordem de 14,4 %.

 

Economia: síntese de alguns indicadores

  • Em 2009, a taxa de crescimento anual do PIB a preços constantes foi de -2,6 % em Portugal e de -3,7 % em Espanha; na UE, registou-se o valor médio de -4,2 %.
     
  • Em 2009, o PIB per capita em paridades de poder de compra em Portugal e em Espanha correspondia, respectivamente, a 79 % e a 104 % da média europeia, enquanto a produtividade dos dois países, medida pelo valor do PIB e nível e volume de emprego, representava 74 % e 111% da média europeia, respectivamente.
     
  • O Rendimento disponível bruto per capita, em 2007 foi de 13 933 e 9 657 Euros, em Espanha e Portugal, respectivamente. Em termos regionais, Lisboa registou um valor próximo da média de Espanha, com 12 318 Euros, enquanto as regiões País Vasco (18 227 Euros) e Comunidad Foral de Navarra (18 012 Euros) detinham os valores mais elevados em Espanha.



 

  • Em 2009, a Dívida das administrações públicas em Portugal (76,1 % do PIB) mantinha-se superior à média europeia (74,0 %) e à registada em Espanha (53,2 %), enquanto o Défice das administrações públicas neste país (11,1 % do PIB) era superior quer ao valor português (9,3 %), quer ao europeu (6,9 %).
     
  • O custo do trabalho mensal, em 2009, no sector “Indústria e Serviços” (excluindo Defesa e Segurança Social e Administração Pública,) era substancialmente inferior em Portugal (1 633 Euros) face a Espanha (2 723 Euros), e o mesmo se verificou na “Indústria” (excluindo a Construção), onde se registaram os valores de 1437 e 2 930 Euros, em cada um dos países.
  • Em Espanha, os preços que em 2009 mais se afastaram da média europeia foram os das “Comunicações” (+29,1 %) e os das “Bebidas alcoólicas e tabaco” (-21,8 %). Na comparação de Portugal com a média europeia, ressaltam os preços dos “Restaurantes e hotéis” e das “Bebidas alcoólicas e tabaco”, na ordem de -24,8 % e de -12,7 %, respectivamente.
     
  • Em 2009, a taxa de desemprego em Espanha (18,0 %) foi a mais elevada da União Europeia, posicionando-se Portugal na 8ª posição, com 9,6 %. A nível regional, os valores mais altos registaram-se nas Canárias, Andaluzia, Melilla, Comunidade Valenciana e Múrcia.
  • Em 2009, os “empregadores com nível de instrução primário e secundário inferior” representavam, em relação ao total de empregadores, 78,9 % em Portugal, 48,1 % em Espanha e 26,6 % na União Europeia; para os empregados com este mesmo nível de instrução e na mesma óptica, as taxas eram, respectivamente, de 62,3 %, 39,0 % e 21,4 %.
     
  • Em 2009, os principais países parceiros de Portugal no domínio das Exportações foram a Espanha (27,2 %), a Alemanha (12,9 %), a França (7,1 %) e Angola (7,1 %); quanto às Importações, as três primeiras posições são ocupadas pelos mesmos países – a Espanha (32,6 %), a Alemanha (13,3 %) e a França (8,3 %).
     
  • Em 2009, para a Espanha, os principais parceiros nas Exportações foram a França (19,4 %), a Alemanha (11,3 %), Portugal (9,2 %) e a Itália (8,5 %); nas Importações, os países mais relevantes foram a Alemanha (14,0%), a França (12,8 %), a Itália (7,4 %) e a China (5,7 %).
     
  • Espanha teve, em 2009, a 3.ª maior taxa de ocupação-cama em estabelecimentos hoteleiros na UE, na ordem de 48,0 % (valores médios anuais), enquanto Portugal ocupava a 12.ª posição, com 37,1 %.
     
  • Em 2009, o número de assinaturas de telefones móveis por 100 habitantes em Portugal era de 151, bastante superior ao de Espanha e ao da UE (111 e 125, respectivamente).

 

Para saber mais...

Síntese Metodológica:
Todos estes dados, podem ser encontrados na publicação “A Península Ibérica em Números – 2010 /La Península Ibérica en Cifras - 2010” disponível on-line a partir de hoje. A informação apresentada na publicação baseia-se nos dados disponíveis em 23 de Dezembro de 2010.
Para informação mais detalhada, poderá consultar:

Fonte:
INE (2010), informação disponível no respectivo Destaque.

Publicação estatística:
Poderá aceder gratuitamente em Península Ibérica em Números - 2010.

Conceitos:
Pode aceder a conceitos no Glossário do ALEA.

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Atualidades


 

As Atualidades são notícias contendo uma leitura da informação estatística produzida pelo INE que é divulgada habitualmente através dos seus “Destaques do INE”.

Os conceitos são explicados recorrendo ao glossário do ALEA e as terminologias e metodologias usados na elaboração desses Destaques são adaptadas ao público alvo do ALEA.