Caracterizar um sistema de ensino desde o pré-escolar ao superior não é fácil.
Comecemos justamente por uma das relações mais importantes: a relação aluno/professor. Desde 1996 até 2001que esse ratio tem vindo a evoluir de forma cada vez mais favorável, em grande parte devido ao fluxo de diplomados que, todos os anos, saem dos cursos de formação para a docência. A tal ritmo que Portugal pode hoje apresentar uma média de 7,8 estudantes por docente no 2º ciclo do ensino básico, por exemplo.
No acesso ao superior a relação entre as vagas existentes nas universidades e politécnicos públicos e o número de candidatos tem desenhado uma aproximação àquilo que seria um sistema sem números clausus. Quer isto dizer que, depois de um pico de 90 mil candidatos para 33 500 vagas em 1995, altura em que a distância entre as duas variáveis foi maior, se chegou a uma fase em que existem quase tantos lugares (42 mil) como os que estão dispostos a preenchê-los, segundo dados de 1998 (52 600). Nunca antes, no período considerado (desde 1989), se tinha verificado uma tal convergência.