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No ano lectivo que agora se inicia, o número de novos estudantes universitários subiu para cerca de 40 000, um aumento de 3 300 alunos (cerca de 9%) face ao ano anterior. Por preencher ficaram cerca de 7000 vagas. A descida verificada na média de acesso ao curso de Medicina foi outro resultado a merecer ressalva. Estes números podem ser explicados pelo aumento no número total de vagas; nos cursos de Medicina e Medicina Dentária houve um aumento de 30 e 35% respectivamente, enquanto enfermagem sofreu também um acréscimo de vagas de cerca de 16%. O aumento verificado também no número de candidatos implicou que aproximadamente 12000 candidatos ficassem ainda "de fora". A estes resta ainda a 2ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. O "Top"das notas de acesso ao ensino superior foi liderado pelo curso de Medicina da Universidade do Porto (o último colocado entrou com 18,4); seguiu-se o Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Medicina em Coimbra e Lisboa merece também destaque com as notas de entrada a ultrapassarem ainda os 18. |
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Entre os dez cursos com classificações mais elevadas apenas uma licenciatura não corresponde a um curso de saúde: Arquitectura, no Porto. Não obstante a definição de limites mínimos para as provas de ingresso e notas de candidatura, alguns cursos continuam a apresentar valores de colocação negativos, sobretudo em escolas politécnicas. É nas áreas de Economia e Gestão e em cursos tecnológicos mais especializados que se verificam os níveis de exigência mais baixos. Se na área de saúde as vagas não chegam para os candidatos, há cursos em que o contrário também é verdade: há falta de candidatos para determinados cursos. São 12 os cursos que apresentam 0.0 valores como nota do último aluno colocado. Entre estes, encontram-se cursos para o qual não houve qualquer aluno a concorrer. Nos restantes só entraram alunos provenientes do contigente especial. Segundo o Ministério da Educação, entre os alunos admitidos, cerca de 42% não conseguiu ficar nos cursos de primeira escolha. A mesma fonte refere, ainda, que quase 70% conseguiu ficar pelo menos nos cursos de segunda escolha. O número de candidatos excluídos, quer por não possuir a nota mínima quer por escolher opções inválidas mantém-se elevado: 1852. |